12/11/2017

Entrevista para a revista "Rock Meeting".

Vamos começar falando de "Rise Of A New Strike", seu novo álbum, que está prestes a ser lançado fisicamente. Como funcionou a parte de produção e gravação do mesmo? E por que lançar ele somente no formato digital e em âmbito físico somente um ano depois?
Pedro Valença - A pré-produção do “Rise Of A New Strike” foi feita no DEMISE STUDIOS, que pertence ao nosso guitarrista Guilherme Silva. Gravamos as músicas em suas versões demo antes de ensaia-las, rearranjand0 e, posteriormente, gravando em definitivo. A gravação do álbum foi realizada tanto no DEMISE quanto no SUPERTRAMP STUDIOS, onde também ocorreu a mixagem e masterização, a cargo do produtor Júnior Supertramp. O lançamento físico ocorre praticamente um ano após o lançamento nas plataformas digitais por questões de orçamento. Também, não queríamos segurar o material novo. Ficamos 3 anos sem lançar nenhuma música. Para uma banda underground foi um tempo grande sem lançar nada.
Sobre a arte gráfica, gostaria que vocês falassem um pouco sobre ela, e também a respeito desse conceito apresentado no título do álbum.
Pedro Valença - “Rise Of A New Strike” é um título que se refere às mudanças que a banda passou e as dificuldades que alguns momentos implicam, mas que mesmo assim conseguimos amadurecer musicalmente e pessoalmente. A arte gráfica foi elaborada pelo Durval Tavares da DEAFBIRD DESIGN LAB. Queríamos uma imagem que representasse o impacto que o ouvinte teria ao escutar as nossas novas músicas. Durval tem um estilo próprio e foi ele quem fez a capa da nossa primeira demo, “Self-Destruction”, lançada em 2010. Sem falar que é um grande amigo meu, preza muito pela qualidade dos seus trabalhos. A arte da capa dos nossos amigos e conterrâneos do ELIZABETHAN WALPURGA ficou sensacional!

Quais foram as principais inspirações nesse disco?
Pedro Valença - Para as letras tudo que acontece com a sociedade serve de inspiração. Todo esse momento turbulento e retrógrado que vivenciamos serve de combustível. Bons livros e documentários também são ótimas inspirações para passar uma mensagem mais crítica e consciente. O PANDEMMY é contrário a qualquer movimento ou ideologia conservadora, fascista e opressora. Para a parte musical procuramos não nos repetir, sempre evoluindo com naturalidade. Continuamos com os elementos do Death e Thrash Metal, e ao mesmo tempo preservamos a identidade sonora da banda.
Como está a recepção do disco? Que tipo de comentários vocês tem ouvido?
Pedro Valença – Apesar de termos feito poucos shows até o momento, temos recebidos muitos elogios. Muitas pessoas próximas identificaram a evolução da banda e em paralelo nosso número de seguidores nas redes sociais tem aumentado de forma significativa. Até agora a recepção tem sido plenamente positiva. 
Mesmo com a redução da venda de CDs, muitas bandas seguem investindo, e vocês, como uma “banda nova”, mesmo que talvez seja um investimento de, digamos, maior risco atualmente, apresentaram um material magnífico em termos gráficos e sonoros. Vocês acreditam que se não houver um investimento em um trabalho de alto nível, mais difícil ainda seria. Como vocês avaliaram essas questões?
Pedro Valença – Continuamos lançando álbuns em formato físico porque o público do metal consome e valoriza esse formato. Claro que, comparado com as plataformas digitais, há uma diferença considerável de custo. Enquanto acharmos conveniente, seguiremos lançando cds. 

Agora, com a talentosa Rayanna Torres nos vocais. Quando pretendem lançar um novo material com ela como vocalista? Uma vez que o atual trabalho foi gravado com o antigo cantor Vinicius Amorim, podemos esperar algum bônus na versão física de "Rise Of A New Strike", com ela cantando? 
Pedro Valença - Muitas pessoas perguntam se o lançamento físico será com Rayanna. Queremos manter a gravação original, feita com o Vinícius. Apesar de ele ter saído da banda, não faltou dedicação na produção do álbum, então queremos respeitar essa fase. Rayanna regravou alguns vocais recentemente e o resultado estará presente no segundo videoclipe oficial do Pandemmy, o primeiro referente ao álbum “Rise of a New Strike”. Em 2018 pretendemos lançar um single no primeiro semestre e um Split no segundo semestre. Já temos músicas novas em fase de pré-produção.
Quais as metas de curto e longo prazo da banda?
Pedro Valença - Queremos tocar mais, pois neste ano a agenda foi pequena. Antes do próximo álbum queremos tocar ao máximo no Nordeste e fazer algumas datas no Sul do país. Ainda vamos lançar dois clipes e um lyric vídeo das músicas do “Rise Of A New Strike”. Esse álbum deve ser bem divulgado.

Deixem seus contatos e um recado para quem ler a entrevista.
Pedro Valença – Agradecemos a Pei e toda equipe da Rock Meeting. Esse veículo de extrema importância pra mídia da cena metálica nacional nos acompanha desde os primórdios em 2009. Aproveitamos a oportunidade para mandar um abraço para o Patrick da Sangue Frio Produções e para o Alcides Burn pelo apoio ao nosso trabalho. Sigam-nos no Facebook, YouTube e Instagram para ficarem informados das novidades, agenda e lançamentos do PANDEMMY. Obrigado! It’s time to spread the Pandemmy again!

Nenhum comentário:

Postar um comentário