05/02/2018

Resenha de "Rise Of A New Strike" no site Whiplash!



Formada em meados de 2009, a banda recifense Pandemmy, tem como principal característica apresentar letras com temas sociais, políticos e humanitários através da brutalidade e técnica do seu thrash/death metal. Em seu primeiro disco, o intitulado “Reflections & Rebellions”, lançado em 2013, o grupo conseguiu mostrar a sua proposta com bastante qualidade.
Após um intervalo de três anos, e diversas mudanças na formação durante esse período, em 2016 a banda lançou o seu segundo álbum de estúdio, o intitulado “Rise Of a New Strike”. O trabalho apresentou em suas letras a mesma temática mostrada no seu antecessor, e a banda contou na formação com o vocalista Vinícius Amorim (que deixou a banda pouco tempo após o lançamento do disco, dando lugar a Rayanna Torres), o baixista Marcelo Santa Fé, o baterista Arthur Santos, e os guitarristas Guilherme Silva e Pedro Valença (único remanescente da formação do primeiro disco).

O “Rise Of a New Strike” começa com a intro “One Step... Forward”, já preparando o ouvinte para a primeira “paulada” na orelha, que se trata da faixa “Circus Of Tyrannies” (single do disco, regravado pela Rayanna Torres após sua entrada na banda), sendo essa uma daquelas músicas perfeitas para se iniciar os trabalhos, por conta da sua sonoridade rápida e pesada que deixa qualquer headbanger com vontade de abrir um mosh sozinho.
Rapidez essa que não foi mantida ao longo do disco, em boa parte das faixas (não em todas), a banda não explorou tanto a velocidade da mesma forma que foi feita no primeiro disco, o que não é nenhum ponto negativo.

Mesmo não tendo toda a velocidade do “Reflections & Rebellions”, o “Rise Of a New Strike” ainda assim consegue se destacar com todo o peso e técnica apresentado em suas músicas, os solos do Pedro Valença continuam dando aquele toque a mais nas faixas, e os guturais do Vinícius Amorim demonstra toda a “raiva” que as músicas exigem.
As faixas que mais destaco são “Circus Of Tyrannies”, “State of War”, “Rise Of a New Strike”, “Inferno Is Over” e “7000 Days Of Terror”.

Também não poso deixar de falar das duas faixas bônus presentes apenas para aqueles que adquiriram o formato físico do CD, são elas a “Ecce Hommo” (cover do Decomposed God) e “Nephente” (cover do Sentenced).

De início, achei a ideia de homenagear uma banda da cena underground recifense interessante, pois é algo que não se ver constantemente, principalmente porque quando as bandas fazem covers, elas sempre preferem homenagear os grandes nomes do metal mundial, por isso, parabenizo completamente o Pandemmy pela atitude.

Agora falando da parte técnica dos covers, a “Ecce Hommo” ficou bastante equivalente com a versão original do Decomposed God, pois como são duas bandas com estilos bem parecidos (tanto sonoramente quanto tecnicamente), ficou parecendo até que o próprio Pandemmy havia feito a música.

Enquanto a versão de “Nephente”, da banda finlandesa Sentenced, ficou interessante porque o Pandemmy conseguiu colocar mais brutalidade em uma música de death metal melódico sem distorcer a música.

No mais, o “Rise Of a New Strike” não chega a ser nenhuma obra-prima do metal, mas garanto, os headbangers que pararem para ouvir esse trabalho, principalmente aqueles mais fãs de metal extremo, não irão se decepcionar com o som do mesmo.

Por Renan Soares.

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